Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

30 de agosto de 2014

Um senhor divertido e profundo

You need Power 

As I began to love myself... Charlie Chaplin quote
http://fausterart.files.wordpress.com/2014/04/raincry.png?w=851 


As for politics

http://kdfrases.com/frases-imagens/frase-chega-um-momento-em-sua-vida-que-voce-sabe-quem-e-imprescindivel-para-voce-quem-nunca-foi-charles-chaplin-97258.jpg 


Os que caem na última categoria são poucos mas valem bem a pena. Mesmo quando se encontram longe ou já partiram.

29 de agosto de 2014

The puppets of modern life

Sometimes when I watch people as they go about their lives, often toiling against the tide (most with sunken eyes and resigned looks on their faces, often doing their best to hide an anti-depressant dependency and under societal pressure to put on a happy face) I become increasingly convinced that we are all a bunch of puppets whose strings are being pulled by some obscure and unknown entity giving us the illusion of freedom of choice when, in actuality,  we are a mere bunch of puppets with very little free will.

Sometimes I like to watch life go by from the outside. It helps me cope with grim realities and it also helps me see things from a different prism.

28 de agosto de 2014

Serviço ( no sentido de “préstimo”, “benevolência”, “obséquio”, “ajuda” ) actos de egoismo virtuoso e o voluntariado



Sempre que oiço alguém dizer (a respeito de fulano, beltrano, sicrano) “So-and-so owes me a favor” ou “Why should I help? What has he/she ever done for me?” fico logo de pé atrás em relação a essa pessoa. Gentinha deste tipo é falsa, dão-me volta ao estômago e eu tenho um nariz muito apurado para os detectar. Infelizmente não foi sempre este o caso, deixei-me enganar no passado e o resultado de tanta igenuidade parva é hoje ter de lidar com muitas pessoas assim. Um outro efeito secundário foi um mecanismo de defesa da minha parte que resultou em relações superficiais, distâncias higiénicas e conversas de chacha.
   
Ser prestável deve ser prova de boa vontade sem quaisquer segundas intenções. Porque ajudar para agradar aos outros, ou para que estes gostem de nós, ou para que nos fiquem a dever um favor qualquer, perde todo o mérito. Ser prestável vai muito além de um mero esforço humanitário; sermos uns para os outros é um caminho de alegria e auto-realização. 

Porque ajudar sem agendas escondidas (como, por exemplo, para sermos bonzinhos e ganharmos o reino dos Céus) torna-se um acto egoista no bom sentido da palavra: fazemos a pessoa que necessita de ajuda feliz e, como a felicidade é contagiosa, nós próprios também nos sentimos bem ao ver o fruto do nosso trabalho e o impacto que tivemos – por muito pouco que este seja. Por outro lado, ajudar para ganho pessoal ou por obrigação é uma oportunidade perdida para fazer crescer a felicidade. E é esta a razão porque o voluntariado é, frequentemente, uma das melhores receitas médicas para a depressão – e não me refiro à depressão clínica, com a qual não se deve brincar e que requer atenção médica; refiro-me mais aos “blues” que resultam dos maus bocados porque todos passamos ao longo da vida.

"When we give cheerfully and accept gratefully, everyone is blessed." – Maya Angelou
The best way to find yourself is to lose yourself in the service of others.” – Mahatma Gandhi

O que se poderá dizer sobre a minha pessoa, se eu disser que gosto disto? Será que preciso de receber tratamento?



E porque é que isto me faz lembrar uma certa adolescente de 15 anos, que um dia foi obrigada a abandonar todos e tudo o que era importante para si, rumo ao desconhecido e à incerteza? As histórias e os antecedentes não podem ser mais diferentes, mas os sentimentos são idênticos:


Faz hoje 38 anos que rumei em direcção ao desconhecido. Assustada, confusa e esperançada são os sentimentos de que me recordo naquele dia quente e húmido de verão.  Triste e revoltada por saber que perdia para sempre alguém que considerava muito importante para mim. Entretanto viveu-se muitas tristezas e algumas alegrias; deu-se muita gargalhada e derramou-se muita lágrima; questionou-se muitas decisões, deu-se muito trambolhão e praticou-se montes de introspecção. Entretanto aconteceu muita coisa e o mundo já não é o mesmo. Eu também não sou a mesma. A maior perda foi a inocência, o maior ganho foi a garra e o desenrascanço – que remédio!


Fazendo o balanço, posso dizer que nem tudo foi mau, quanto mais não seja pelas lições valiosas que esta experiência me proporcionou...e que duvido tenha aprendido se tivesse ficado no outro lado.

 

22 de agosto de 2014

Alguém por aí com adolescentes a seus cuidados? Mostrem-lhes este vídeo:


From a pretty girl to a freak of nature – is this what men find beautiful?  



E depois admiramo-nos que tantos adolescentes (sobretudo rapariguitas) tenham uma visão tão deturpada da beleza, da perfeição, da realidade e do que os seus corpos deviam ser? Depois admiramo-nos que tantos tenham problemas de auto-estima e que sofram de dismorfofobia  o que, frequentemente, se manifesta em doenças tipo bulimia e anorexia nervosa? Como se a puberdade, por si só, não fosse suficientemente difícil...


Uma vez vi uma entrevista com Cindy Crawford (modelo americana) em que este assunto foi abordado e ela disse, “Not even I look like Cindy Crawford in some of those pictures!