Nasci no Funchal (Madeira, Portugal) no início dos anos 60, filha
de mãe madeirense e pai da Beira Baixa. Aos três anos fui viver para Coimbra,
onde frequentei o Colégio da Rainha Santa Isabel, o Conservatório Regional, o
Colégio Alexandre Herculano e, por fim, o Liceu Nacional D. Duarte. Quando
tinha 11 anos vivi 9 meses em Angola,
onde completei o 2° ano do Ciclo Preparatório. Tirando uma breve passagem por
Lisboa entre 1978 e 1982 onde frequentei a Universidade Nova, desde 1976 que
moro nos EUA, o país onde completei os ensinos secundário e universitário e
onde hoje trabalho.
Por estar completamente integrada (casei com um americano;
trabalhei e estudei sempre com americanos; não convivo com a comunidade
portuguesa e estou há 30 anos sem ir a Portugal) é-me hoje mais fácil comunicar
na língua inglesa do que na minha língua materna. Mas como gosto de um bom
desafio (e porque quero aperfeiçoar o meu português) decidi que este blog seria
escrito na minha língua mãe. Isto não impede, porém, que alguns textos não
sejam escritos em inglês. Dependerá do tema e do meu nível de conforto em me
exprimir em português.
Ė por esta razão que vos peço desde já desculpa se me
enganar na conjugação de certos verbos, na sintaxe de certas frases ou por um
ou outro erro de ortografia. Também vos queria pedir que, por favor, me
corrigissem, pois só assim aprenderei.
E a propósito de
comentários: podem discordar comigo sempre que quiserem, mas como não admito
faltas de respeito a ninguém, insultos não serão permitidos e qualquer comentário
que ache ofensivo será imediatamente eliminado. E não me venham com argumentos
de “liberdade de expressão” que isto aqui não é nenhuma democracia, nenhum
departamento de Estado nem nenhuma agência governamental. Isto aqui é um espaço privado em que todos os
que vierem por bem serão bem recebidos, mas quem cá manda sou eu. Quem não
gostar pode ir pregar para outra freguesia que eu não levo a mal, até agradeço.
Para além de malcriações também não suporto injustiças,
hipocrisias, atitudes de “coitadinhos”, dramatismos, negativismo, mandriões,
mentiras, maldade, mesquinhices, mexericos ou coscuvilhices de espécie alguma ;
também passo muito bem sem artimanhas, “chico-espertices” ou gente arrogante e
nacionalista (auto-confiança e patriotismo são coisas diferentes!) . Por outro
lado, prezo muito a humildade, a honestidade, a bondade e admiro muito a
inteligência e a cultura nos outros – infelizmente, uma combinação rara de
encontrar. Admiro também a capacidade de certas pessoas de sorrirem apesar de
todos os obstáculos e dissabores com que se depararam ao longo da vida. Não
tenho paciência absolutamente nenhuma para pessoas que passam a vida a se
queixar em vez de darem graças por aquilo que têm . Acho que o mais importante
são as pessoas que temos nas nossas vidas, mas que frequentemente concentra-mo-nos
mais nas coisas que nos faltam e que gostariamos de ter mas não podemos, do que
naquilo que já temos; isto, por sua vez, causa sofrimento desnecessário. Acho
extremamente importante rodear-mo-nos de pessoas que nos ajudem a tornar-mo-nos
na melhor versão de nós próprios (não necessariamente pessoas que concordam
connosco em tudo); e acredito que mais vale só do que mal acompanhado e que não
há solidão maior do que aquela que sentimos quando estamos rodeados por gente
que pouco ou nada nos diz. Esse é um vazio que não desejo a ninguém.
Gostava de não ser tão sensível e de não levar a vida tão a
sério. Gostava de quando algum desgosto me surpreender, de me limitar a
encolher os ombros , de pensar “Oh, so is life” e de continuar o meu dia-a-dia
como se nada de mal tivesse acontecido.
Mais (tarde) do que cedo é assim que encaro todos os dissabores, mas até
que esse dia chegue sofro muito. E isto tem que mudar.
Acérrima adepta da pontualidade britânica e defensora dos
direitos dos animais, tenho fama de ser “pensativa/analítica/reservada”, de me
preocupar demasiado e de querer controlar tudo para que nada de mal aconteça.
Talvez isso se deva ao facto de ser a mais velha de três irmãos por quem tive
(forçosamente) de me responsabilizar quando eu própria ainda era criança.
Talvez seja essa a razão porque hoje não me importo de passar horas a fio a sós
com os meus pensamentos, em paz e sossego total. Também tenho fama de ferver em
pouca água, embora não seja nada dada a amuos nem guarde rancor a ninguém. Amor e solidariedade são as palavras que mais gosto
e evito usar “ódio” e “inimigo” a todo o custo. Finalmente, sou uma mulher
simples, apreciadora das coisas mais simples da vida.
Para além da companhia dos meus pensamentos, também gosto de
passar os meus tempos livres a ler, a ouvir música ou a fazer grandes
caminhadas pelo meio da natureza. Quanto a actividades desportivas, por motivos
de saúde tive de trocar o “jogging” pela hidroginástica, a natação e o Tai-Chi.
E não me arrependo. A esgrima foi o meu desporto de eleição aos 14 e 15 anos.
Tenho saudades desses tempos, sobretudo da inocência, das ilusões e das
amizades de então; entretanto a vida encarregou-se de triturar a inocência e as
ilusões, mas o facto de algumas dessas amizades continuarem até aos dias de
hoje deixa-me feliz. Terei sempre muito carinho por um grupo (muito pequeno) de
pessoas que conheci na altura e que deixaram as suas impressões digitais tão
bem imprimidas no meu ADN. Esses é que são os verdadeiros amigos.
Gosto imenso de andar de bicicleta, mas tenho um medo de
motas que me pelo; quando tinha dez anos assisti a um despiste que resultou na
morte do condutor, de modo que a partir daí
ninguém me apanha em cima de uma. Se pudesse ter algum talento
escolheria uma boa voz e/ou a pintura; infelizmente quando canto mais pareço
uma cana rachada e as minhas pinturas mais parecem as de uma criança.
Este
blog será sobre tudo e sobre nada; por outras palavras, não terá só um tema.
“Hello again” a todos os leitores que seguiam o http://fantasticomelga.blogspot.com/ . “Welcome” a todos os que me seguem pela primeira vez. Espero
nunca ofender ninguém e que gostem de por cá passar de vez em quando. Não sei
quanto tempo continuarei por aqui, nem a
frequência com que escreverei. Lo que será, será.
ALWAYS!
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