Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

28 de agosto de 2014

O que se poderá dizer sobre a minha pessoa, se eu disser que gosto disto? Será que preciso de receber tratamento?



E porque é que isto me faz lembrar uma certa adolescente de 15 anos, que um dia foi obrigada a abandonar todos e tudo o que era importante para si, rumo ao desconhecido e à incerteza? As histórias e os antecedentes não podem ser mais diferentes, mas os sentimentos são idênticos:


Faz hoje 38 anos que rumei em direcção ao desconhecido. Assustada, confusa e esperançada são os sentimentos de que me recordo naquele dia quente e húmido de verão.  Triste e revoltada por saber que perdia para sempre alguém que considerava muito importante para mim. Entretanto viveu-se muitas tristezas e algumas alegrias; deu-se muita gargalhada e derramou-se muita lágrima; questionou-se muitas decisões, deu-se muito trambolhão e praticou-se montes de introspecção. Entretanto aconteceu muita coisa e o mundo já não é o mesmo. Eu também não sou a mesma. A maior perda foi a inocência, o maior ganho foi a garra e o desenrascanço – que remédio!


Fazendo o balanço, posso dizer que nem tudo foi mau, quanto mais não seja pelas lições valiosas que esta experiência me proporcionou...e que duvido tenha aprendido se tivesse ficado no outro lado.

 

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