Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

11 de setembro de 2016

Sem desculpas

Não tenho uma figura fantástica nem uma barriga lisa. Estou longe de ser considerada uma modelo, mas sou como sou. Gosto de comer. Tenho curvas. Tenho mais gordura do que gostaria (e deveria) ter. Tenho cicatrizes porque tenho uma história. As minhas rugas representam muitos sorrisos, muita dor e lições valiosas que não troco por nada. Algumas pessoas amam-me, outras simpatizam comigo, outras estão-se nas tintas para mim e outras ainda há que não me suportam nem com molho de tomate. Tenho agido bem, tenho feito disparates. Tenho ajudado o próximo, tenho magoado muita gente. Tenho dado bons conselhos, já disse muita asneira. Tenho sido feliz, tenho sofrido muito. Sinto-me bem de pijama, sem maquilhagem, e sem grandes penteados. Não tenho a pretensão de ser alguém que não sou. Eu sou como sou. Podes amar-me ou não, é contigo. Mas uma coisa é certa, quando eu amo alguém faço-o com todo o meu coração.


Sou humana.

Love

Beautifully said


“Love is just like a spring breeze; it comes, and when it comes it brings tremendous fragrance, beauty – but it goes. When it comes it gives you the feeling that it is going to remain forever. And the feeling is so strong that you cannot doubt it, there is no way to doubt it. Under that intense, doubtless certainty, you give promises, the beloved gives promises, not knowing at all that it is a spring breeze. It comes when it comes, it goes when it goes. It is not within your hands. You cannot capture it in your fist. You can feel it when your hand is open, its coolness, but the moment your fist is closed there is no breeze there, there is no coolness there, no fragrance there.”

Coração apertado. Nó na garganta.

Tens saudades quando vês alguém parecido com ele.
Tens saudades quando vês um casal (aparentemente) apaixonado e feliz.
Tens saudades quando te deparas com o nome dele.
Tens uma dor insuportável quando te deparas com o nome dela.
Tens saudades quando ouves uma melodia bonita com letra romântica e a tua imaginação atraiçoa-te e leva-te ao outro lado do Mundo… 
Quem me dera estar no lugar dela…
Tens saudades quando aqueles raros dias quentinhos de sol forte e luz brilhante te transportam ao local onde, em tempos longínquos, foste feliz… sem o saberes.
Tens saudades quando determinadas lembranças te fazem querer voltar atrás… e não podes. É essa realização que traz aquele aperto no peito, aquele nó na garganta… aquela lágrima inoportuna.

Um cheiro… uma visão… um som… uma recordação. Não é preciso muito.

A dor é tal e queres tanto esquecê-lo que te convences que estás louca.
És fraca.
És parva.
Ninguém merece as tuas lágrimas.

Mas, verdade seja dita, tu não o amas assim tanto. As saudades dele não são assim tantas.

Tens mas é saudades do que sentias quando estavas com ele.
Tens saudades do cheiro dele, da disponibilidade dele, das atenções dele.
Tens saudades do modo que ele olhava para ti. Daquele olhar tímido e inseguro que tanto te aquecia o coração... sempre a pingar ternura...


Tens um vazio na alma, sentes-te carente e tens saudades das atenções.
Tens saudades de te sentires amada.
Tens saudades de te sentires desejada.

Tens saudades da pessoa que eras quando estavas com ele.
Tens saudades da vossa juventude.

Tens saudades do que poderia ter sido mas que, por pura estupidez e parvoice tua, nunca foi nem nunca será.

Tens saudades do que sentias.
Não tens saudades dele.

Tu não o amas.
Tu amas a memória dele.


Ama a pessoa em que entretanto te tornaste. Deixa de olhar para o passado com nostalgia e melancolia e segue a tua vida, fazendo sempre o melhor que sabes e apreciando cada momento fugaz que não voltará nunca. O dia chegará em que deixarás de ter saudades seja lá de quem for. 

O princípio do fim? O tempo o dirá …
(vontade não me falta)




Quando tudo se desmorona

Quando achamos que estamos a perder controle de uma situação qualquer, a tendência é agarrarmo-nos às migalhas com unhas e dentes. Quando o nosso maior medo nos assola, tendemos a cerrar o pulso e os dentes, fechamos os olhos e esperamos o pior na esperança que o melhor aconteça.


Temos de aprender a deixar que as coisas aconteçam. Quando a hora de mudança e crescimento chega, devemos ter coragem para abdicar do confortável e devemos depositar fé nas forças do Universo para que tudo o que deixa a nossa vida dê lugar a algo melhor.