Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

22 de janeiro de 2016

Fantasiando



Sonhar acordado, fantasiar, divagar nos pensamentos… quem o não faz?... pode ser tanto uma benção como uma maldição, consoante a realidade ao nosso redor. O tédio e a indolência não são os únicos ingredientes necessários para se sonhar acordado. Numerosos estudos sobre esta actividade oferecem uma visão fascinante de como o cérebro funciona e dizem muito sobre cada um de nós como indivíduos; por exemplo:

1-) Com o passar dos anos a nossa propensão para fantasiar e sonhar acordado diminui.

2-) O modo como sonhamos também muda com o passar dos anos. A estrutura e conexões nervosas do cérebro mudam à medida que este se desenvolve e amadurece, o que significa que a nossa forma de sonhar hoje é diferente de como o fazíamos em crianças.

3-) Ao oscilar constantemente entre os seus dois modos de pensar (o analítico, que lida com factos e lógica; e o empático, que lida com as emoções e a intuição ) sonhar acordado é capaz de provocar alterações profundas e duradouras no cérebro.

4-) Sonhar acordado permite ao cérebro "conversar" consigo mesmo. Precisamente por não estar exclusivamente empenhado num tipo de pensamento (nem 100% analítico, nem 100% empático) ao sonharmos acordados o nosso cérebro ajuda-nos a abordar o mesmo problema por duas perspectivas diferentes, a ver os dois lados da mesma questão, a sermos mais criativos e, consequentemente, a tomar melhores decisões.

5-) As crianças e os adolescentes precisam de o fazer, na medida em que os ajuda a experimentar com identidades diferentes e a explorar caminhos diferentes dentro da segurança de suas próprias cabeças. Isto é especialmente importante para os adolescentes, uma vez que sonhar acordado ajuda-os a lidar com uma infinidade de novas e intensas emoções.

6-) Porque sonhar acordado é uma forma de escapismo, temos geralmente tendência para “perder mais tempo” a sonhar acordados quando andamos mais stressados. E embora não seja fugindo dos problemas que estes se resolvem, a verdade é que este tipo de “escape” pode-nos ajudar a encontrar mais rapidamente uma solução para esses mesmos problemas.

7-) Geralmente sonhamos sobre as mesmas coisas; por exemplo: pessoas que sofrem de ansiedade por motivos financeiros (ou por maus ambientes no trabalho) podem estar sempre a sonhar no que fariam se ganhassem a lotaria e quem deseja ser famoso fá-lo, geralmente, devido a uma necessidade de ser reconhecido. Em suma: a maioria das pessoas sonha com soluções para as suas necessidades básicas, e todos estes sonhos refletem questões que todos nós enfrentamos.

8-) Contrariando a crença popular, sonhar acordado não faz de nós pasmadinhos, inconscientes, aparvalhados ou irresponsáveis – antes pelo contrário: vários estudos científicos mostram que pessoas que sonham acordadas têm uma vantagem quando se trata de encontrar uma solução criativa para problemas.
 http://dailyhp.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2014-07-16-5-ways-daydreaming-enhances-memory-and-boosts-creativity-infographic.jpg9-) Mas nem tudo é positivo.  Ao sonharmos acordados, podemos perder noção do tempo e das coisas. E isto pode ser um problema.  E daí ser necessário saber o momento adequado para nos envolvermos nesta actividade.

16 de janeiro de 2016

On self-trust



“On the journey to self-trust, trying to prove something never works. Either you know, believe and trust that you can do a thing and you do it, or you don't believe you can do it, force yourself to work on getting it done and then sabotage it. There was no way I could have held on to my first home, because buying it had not been a self-supportive, self-honoring or self-loving act. It was the fruit of a poisonous tree. It was an act of defiance and rebellion to prove that the messages I had received about myself as a child weren't true.

We must acknowledge that we feel angry, sad and injured, even if we do not understand why. Redeeming this inner child and reestablishing trust within ourselves also means learning how to love, care for and nourish ourselves in the way we longed for as children.

It is important to trust what your life is trying to communicate. If you cannot name what you feel, you will spend a great deal of time chasing things that will not truly fulfill your needs. This is how self-trust breaks down. You get stuck in thinking about what you should feel rather than acknowledging what you actually do feel. You are left with needs that do not go away and that you are unable to fulfill. This leads you to believe that you are not safe in the world, that you make bad choices, that you cannot have what you desire and that your best efforts will never be good enough” – Iyanla Vanzant
http://www.abami.org/uae/images/stories/aha.jpg 
Major “aha moment”!


Whatever we achieve/obtain in life should be because we believe we are capable (and worthy) of those achievements. Achievements should never be reached and goals should never be pursued solely to prove other people wrong. If we don’t trust our own capabilities and believe that we deserve all the good bestowed upon us, we will always feel like a hamster in the proverbial wheel of success-and-failure/happiness-and-disappointment.

I have found that this applies equally to career choices, material success, and interpersonal relationships – particularly the romantic kind. 

Never do something just to prove someone wrong. Do it because you firmly trust your capabilities and, more importantly, believe are worthy of whatever riches you may encounter during this journey called life.

And although we can’t edit the past, it is never too late to change our ways in order to make better choices from here on out. As long as we’re breathing, it’s never too late.
 https://danceclasschallenge.files.wordpress.com/2014/02/aha-moment.jpg

14 de janeiro de 2016

A Irlanda, o Quénia, galinhas engripadas e a globalização: uma correlação

http://www.ted.com/talks/simon_anholt_which_country_does_the_most_good_for_the_world?language=en#t-7797



TÓPICOS:
Egoísmo.
Competitividade desenfreada.
Concorrência desleal.
Visão microscópica.
Psicopatas culturais.
Espécies inerentemente conservadoras.
Reputações desfavoráveis.

Altruísmo.
Transparência.
Justiça.
Visão telescópica.
Sinergias.
Reputações favoráveis.

Bom ≠ “Mais Bom” ≠ “O Mais Bom” ≠ Melhor ≠ O Melhor.
Bom = Agradável = a ideia de poder andar pelos quatro cantos do mundo de cabeça erguida e consciência tranquila quanto à política externa do meu país pensando, “tenho orgulho de pertencer a um país bom

Egoísmo = países competitivos; países prósperos, ricos, em crescimento acelerado; países felizes.

Postura. Cultura.

"Tentámos a vossa maneira, e não resultou. Vamos tentar algo novo." – Simon Anholt

Gostei!


The good country overall index: http://www.goodcountry.org/overall