Não gosto que me ignorem e, por conseguinte, faço os possíveis
por também não ignorar ninguém. Mas quando fazemos certas perguntas a alguém e
esse alguém não nos responde, nem sempre é porque esse alguém nos está a ignorar;
por vezes é a única maneira que sabem de nos “poupar”, de nos proteger da
verdade – sobretudo quando advinham que não vamos gostar das respostas.
Mas o que gosto ainda menos é de falsidades. Poupem-me as
falinhas mansas e não me atirem areia aos olhos. Ajudem-me a proteger a mim própria
de “pensamentos positivos” que só servem para que a (inevitável) queda das
nuvens seja ainda mais dolorosa. Isso é que não suporto; isso doi ainda mais do
que saber a verdade, por mais cruel que esta seja.
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