Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

16 de agosto de 2014

Quando os pais vão morar com os filhos adultos

Ouve-se falar muito sobre filhos adultos desempregados a regressarem à casa dos pais por razões económicas; chamam-se “Boomerang Kids” e eu já abordei este assunto aqui: 
http://fantasticomelga.blogspot.com/2014/04/boomerang-kids-um-pao-nosso-de-cada-dia.html

Mas fala-se muito pouco na tendência para o oposto – filhos adultos que abrem as portas de suas casas a pais cujas dificuldades financeiras os impossibilitam de continuar a viver de forma independente.  E estes números estão a aumentar de forma dramática: entre 2008 e 2011, o número de pais a viver com um filho adulto aumentou 13,7 por cento.

O número de adultos (de meia-idade e idosos) na falência ou com dificuldades financeiras é cada vez maior. E as razões são várias: ou porque ficaram desempregados aos 40/50/60 anos e agora não conseguem arranjar trabalho; ou porque as empresas para as quais trabalharam durante anos acabaram com as pensões (uma tendência também cada vez maior); ou porque perderam tudo quanto tinham investido na Bolsa para a reforma e agora não têm onde cair mortos; ou porque alguma doença lhes levou todas as poupanças acumuladas até aqui … ou por todas estas razões.

Para estes “adultos de uma certa idade” os filhos constituem uma “rede de segurança”. Pergunto eu: e aqueles que nunca tiveram filhos ou que não se dão bem com os filhos que têm, como é que é?  Vão viver para debaixo de uma ponte?

E o moral da história é:
 
 

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