Ouve-se
falar muito sobre filhos adultos desempregados a regressarem à casa dos pais por
razões económicas; chamam-se “Boomerang Kids” e eu já abordei este assunto
aqui:
http://fantasticomelga.blogspot.com/2014/04/boomerang-kids-um-pao-nosso-de-cada-dia.html
Mas fala-se muito pouco na tendência para o oposto – filhos
adultos que abrem as portas de suas casas a pais cujas dificuldades financeiras
os impossibilitam de continuar a viver de forma independente. E estes números estão a aumentar de forma dramática:
entre 2008 e 2011, o número de pais a viver com um filho adulto aumentou 13,7
por cento.
O número de adultos (de meia-idade e idosos) na falência ou
com dificuldades financeiras é cada vez maior. E as razões são várias: ou
porque ficaram desempregados aos 40/50/60 anos e agora não conseguem arranjar
trabalho; ou porque as empresas para as quais trabalharam durante anos acabaram
com as pensões (uma tendência também cada vez maior); ou porque perderam tudo
quanto tinham investido na Bolsa para a reforma e agora não têm onde cair
mortos; ou porque alguma doença lhes levou todas as poupanças acumuladas até
aqui … ou por todas estas razões.
Para estes “adultos de uma certa idade” os filhos constituem
uma “rede de segurança”. Pergunto eu: e aqueles que nunca tiveram filhos ou que
não se dão bem com os filhos que têm, como é que é? Vão viver para debaixo de uma ponte?
E o moral da história é:
Sem comentários:
Enviar um comentário
(Insultos e SPAM serão eliminados)