Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

8 de agosto de 2017

"Quando em Roma, faça como os romanos”



Tenho lido recentemente artigos sobre os mais variados actos de indignação de que turistas estrangeiros têm sido alvo por parte de residentes de várias cidades europeias, nomeadamente Barcelona, Praga, Roma e Veneza.

No outro dia vi uma foto de um grupo de turistas estrangeiros numa esplanada em plena baixa pombalina (não necessariamente à beira-mar, nem nada que se pareça) todos de tronco nu, calções, alguns descalços e os restantes de chinelos. Cantarolavam e estavam visivelmente embriagados, dizia quem captou aquele "lindo" momento para toda a eternidade.

Hoje, li um artigo que os croatas, saturados deste tipo de comportamento por parte de turistas estrangeiros, começaram a estabelecer regras e leis de “bom comportamento” e a multar quem as decida ignorar.

Nos E.U.A., muitos bares/esplanadas de praia têm afixado logo na porta de entrada (que é para não haver equívocos e confusões) as seguintes palavras: "No shoes, no shirts - no service!"
 
Eu aplaudo estas medidas, mas também acho triste (e irritante) que tenha que chegar a este ponto. Nenhum de nós tem por hábito andar despido, meio-despido, ou de fato de banho nas cidades/vilas/aldeias onde vivemos, por isso, não vejo motivo para que turistas recebam “carte blanche” nos países que visitam para fazer o que quiserem, só porque são " estrangeiros", estão de férias e é preciso dar-lhes um desconto. É precisamente este (e outros) tipos de comportamento duvidoso que os torna alvo de desprezo pela parte de tantos moradores locais - a economia que se lixe. Considero-me um ser humano muito liberal e tolerante, mas eu traço uma linha quando se trata de arrogância e culturas conhecidas pelo seu irritante “sense of entitlement”.

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