Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

10 de setembro de 2015

Devagar se vai ao longe?



A classe média deste país estava muito melhor economicamente nos anos 50 e 60.  Quando (1) os lucros das empresas eram muito menores (nunca foram tão altos como agora); (2) os impostos que as empresas pagavam eram mais altos (nunca foram tão baixos como agora); (3) a taxa que os ricos pagavam sobre os seus rendimentos era mais alta (nunca foi tão baixa como agora); (4) a filiação sindical era mais elevada (nunca foi tão baixa como hoje), os salários (em comparação com o PIB) eram muito maiores. Coincidência? I think not!

Claro que o advento das novas tecnologias (computadores, máquinas e robôs) aliado à globalização e ao trabalho escravo proveniente de países do terceiro mundo também são factores que estão a contribuir para que, em termos reais, o ordenado à hora da classe média nunca tenha sido tão baixo.

Isto não devia ser novidade para ninguém.  O próprio Marx previu que máquinas e futuras tecnologias que ele próprio era incapaz de conceber tirariam muito trabalho das mãos dos trabalhadores.  E não nos esqueçamos das previsões de Adam Smith no livro A Riqueza das Nações.

Aos poucos as pessoas começam a questionar se cada vez mais uma pequena burguesia está transformando o resto de nós em escravos assalariados – aos poucos…mas devagarinho demais para o meu gosto.
 http://i.huffpost.com/gen/1359800/original.jpg

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