Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

16 de dezembro de 2015

A “Malala” afegã



Aziza Rahim Zada é uma menina afegã de 14 anos que já fez mais pela humanidade do que a maior parte dos adultos fazem a vida inteira. O seu poder de persuasão (aliado a uma força e boa vontade inabaláveis) derrubou as barreiras da burocracia ao conseguir que as autoridades governamentais autorizassem as crianças do seu acampamento sem documentos de identificação a frequentar a escola; angariou fundos para comprar material escolar; convenceu os anciãos da comunidade a permitir que todas as crianças recebam uma educação; e conseguiu que todos os residentes da vila onde reside com a sua família tenham hoje acesso a água canalizada. Sempre de voz baixa e sem grandes alaridos.

Após quatro anos a trabalhar na obscuridade, Aziza é hoje uma das três crianças nomeadas para o Prémio da Paz Internacional da Criança, o mesmo prémio concedido a Malala Yousafzai, a menina paquistanesa baleada pelo Taliban por defender a educação das raparigas.

Ao contrário de Malala, o nome Aziza ainda não corre nas bocas do Mundo, mas muitos já a comparam à jovem paquistanesa. Ambas visionárias, ambas veemente crentes do poder da educação e possuidoras de mega-doses de garra, coragem e graça, estas duas jovens encarnam o que, pelo menos na minha opinião, são os verdadeiros heróis.

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