Pode ferir, eu sei, mas
nem sempre é mau. Existem dois tipos de pessoas que criticam: aquele que se engaja em
crítica construtiva e é motivado por amor (geralmente uma figura parental, um
professor, ou um amigo), e o odioso legítimo cuja crítica tem, frequentemente,
motivos ocultos e que é motivado pelo medo ou inveja (frequentemente um colega
ou um amigo de um amigo).
Ser
criticado com má intenção significa que despertámos
algo dentro de outra pessoa, como o ciúme ou uma sensação de inadequação. De
modo a se sentir melhor e elevado em relação à sua vítima,
este tipo de crítico sente necessidade de deitar os outros abaixo.
Quando alguém condena o nosso
trabalho sem que para isso lhe tenhamos dado razões ou faz comentários indelicados
sobre a nossa aparência ou modo de estar, isto é mais um reflexo do estado de
alma deles do que de nós como seres humanos, que fazemos o melhor
que podemos com o que temos. Por isso, em vez de contribuirmos ainda mais para
querelas, deviamos era sentir alívio e conforto nas suas palavras odiosas.
Sermos vítimas de criticas injustas e mazinhas só quer dizer que estamos no
caminho certo, a fazer o que é certo; eles, nem por isso.
Se estamos a ser
criticados é porque, pelo menos, estamos a fazer alguma coisa em vez de sermos
ociosos. Aristóteles disse: "A única
maneira de evitar críticas é não dizer nada, fazer nada e ser nada" –
tinha toda a razão; para além do mais, a crítica (“feedback”)construtiva ajuda
a aprender e a crescer . Por outro lado, aquele que critica por criticar, fá-lo
para se sentir melhor perante a sua vítima e isso é mais um reflexo de como essa
pessoa se sente em relação à sua própria vida do que aquilo que nós fazemos ou
deixamos de fazer.
Acho importante saber
distinguir estes dois tipos de criticas e reagir em conformidade. A pior coisa
que podemos fazer é ficar na defensiva, que, por sua vez, só servirá para lançar
ainda mais achas à fogueira.
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