Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

9 de outubro de 2015

Criticismo



Pode ferir, eu sei, mas nem sempre é mau. Existem dois tipos de pessoas que criticam: aquele que se engaja em crítica construtiva e é motivado por amor (geralmente uma figura parental, um professor, ou um amigo), e o odioso legítimo cuja crítica tem, frequentemente, motivos ocultos e que é motivado pelo medo ou inveja (frequentemente um colega ou um amigo de um amigo).

Ser criticado com má intenção significa que despertámos algo dentro de outra pessoa, como o ciúme ou uma sensação de inadequação. De modo a se sentir melhor e elevado em relação à sua vítima, este tipo de crítico sente necessidade de deitar os outros abaixo.

Quando alguém condena o nosso trabalho sem que para isso lhe tenhamos dado razões ou faz comentários indelicados sobre a nossa aparência ou modo de estar, isto é mais um reflexo do estado de alma deles do que de nós como seres humanos, que fazemos o melhor que podemos com o que temos. Por isso, em vez de contribuirmos ainda mais para querelas, deviamos era sentir alívio e conforto nas suas palavras odiosas. Sermos vítimas de criticas injustas e mazinhas só quer dizer que estamos no caminho certo, a fazer o que é certo; eles, nem por isso.

Se estamos a ser criticados é porque, pelo menos, estamos a fazer alguma coisa em vez de sermos ociosos. Aristóteles disse: "A única maneira de evitar críticas é não dizer nada, fazer nada e ser nada" – tinha toda a razão; para além do mais, a crítica (“feedback”)construtiva ajuda a aprender e a crescer . Por outro lado, aquele que critica por criticar, fá-lo para se sentir melhor perante a sua vítima e isso é mais um reflexo de como essa pessoa se sente em relação à sua própria vida do que aquilo que nós fazemos ou deixamos de fazer.

Acho importante saber distinguir estes dois tipos de criticas e reagir em conformidade. A pior coisa que podemos fazer é ficar na defensiva, que, por sua vez, só servirá para lançar ainda mais achas à fogueira.

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