Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

3 de outubro de 2015

A lembrar



1-) O progresso nem sempre é num sentido ascendente. Dar dois passos para a frente e um para trás, embora por vezes extremamente frustrante, não é, necessariamente, um retrocesso.  Não é preciso ser-se religioso para perceber a frase, “Deus escreve direito por linhas tortas.”

2-) É importante dedicar 150 por cento de atenção a uma coisa de cada vez; diversos estudos demonstram que o “multitasking” (tão em voga nos dias que correm e tão admirado por tantos) é contraproducente.

3-) O medo não mata. O medo só se torna perigoso quando deixamos que nos paralise. Reconhecendo os nossos medos (às vezes a base de tantas indecisões) ajuda-nos muitas vezes a tomar decisões mais inteligentes, a ver melhor os prós e os contras.

4-) Falhar faz parte da vida. É falhando que aprendemos as lições mais valiosas. É falhando que nos tornamos em versões melhores daquilo que sempre fomos. O sucesso está dependente não só do talento, mas, também, da capacidade de cada um de nós de aprender com os próprios erros.

5-) Determinados sucessos - sejam eles de natureza pessoal ou profissional -  só podem acontecer após um fracasso (se não vários fracassos); mas para que isso aconteça, precisamos de saber tomar partido dos contratempos da vida. Todas as crises trazem oportunidades.

6-) A maioria das histórias que contamos a nós mesmos são geralmente ficção – inofensivo se não acreditassemos nelas. Boa nova: podemos reescrever estas histórias; apenas precisamos de ser suficientemente corajosos para enfrentar as nossas emoções mais profundas e escuras.

7-) Só enfrentando a emoção, só reconhecendo os nossos sentimentos e tendo curiosidade pela história por detrás deles é que poderemos mudar a nossa narrativa. Só assim se pode desafiar todas as confabulações que nos enchem a cabeça de tretas e influenciam o nosso comportamento.  Só assim se pode chegar à verdade – e viver-se, finalmente, em paz. 

8-) Quando não nos sentimos satisfeitos precisamos de ter coragem para dizer um enfático "NÃO" a tudo o que nos faz mal. Mas antes de podermos traçar um novo rumo temos de descobrir onde estamos, como chegámos a este ponto, e termos uma noção bem clara de para onde queremos ir. Depois, é só arregaçar as mangas e deitar mãos à obra – independentemente das incertezas e dos medos insidiosos.

[ tudo isto o resultado de muita introspecção, de (como me disse uma certa pessoa que há quatro décadas não me sai do coração), muito "empenho em ir para lá da espuma das coisas e procurar nas raízes explicações para o que te aconteceu e pistas para o futuro." ]

Estou farta dos “porquês” sem resposta.
Estou farta de tanta frustação.
Estou farta de becos sem saída.

A HORA DA MUDANÇA CHEGOU

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