Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

18 de dezembro de 2016

Auguri a tutti



Auguri di buon natale e felice anno nuovo
Wishes for a Merry Christmas and Happy New Year
Desejos de um bom Natal e Feliz Ano Novo
Voeux pour un Joyeux Noël et Bonne Année
Wünsche für ein frohes Weihnachtsfest und ein gutes neues Jahr
Deseos para una Feliz Navidad y un Feliz Año Nuevo
Пожелания с Рождеством и Новым годом
메리 크리스마스와 새해에 대한 소원
Wesołych Świąt i życzenia na Nowy Rok
メリークリスマスと新年のための願い

[ porque são estas as línguas dos países que mais me visitam – traduções com os cumprimentos do “Google Translate.” ]

 

17 de dezembro de 2016

A good day



One day it simply clicks.
You realize what is really important ... and what is not.
You learn to care less about what others think of you, and more about what you think of yourself.
Then you realize how far you have come and remember when your thoughts were a whirlwind of confusion that you thought you could never unravel.
And you smile.
You smile because you are finally truly proud of the person you fought so hard to become.

A good day to turn the page.
A good way to end the year.

16 de dezembro de 2016

Pessimistas, Optimistas & Realistas, Ltd.

O pessimista refila sobre o vento;
O optimista espera que ele mude;
O realista ajusta as velas.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZZMaOsBBlqavB37pmYmC9BGbY_9tXSMv9UTa8G5MKRkpyuWjuoXihiOLUBUyypYY2L3ikIsfSPshGHxQ7ipBC6BCRbFr_ksimf1ukF1lnGHf4is-xzf4qyrkI9G4kxAYjnoB7RJ5ZFeY/s640/ajustar-as-velas-chegar-aonde-quer-mudar-vento.jpg

Tolos e sábios

O tolo é traiçoeiro. É perito em punhaladas nas costas das pessoas.
O sábio agarra no punhal, corta o cordão umbilical que o une aos tolos e livrar-se destes.

Os homens têm cá uma sorte…

E de repente, a física quântica não parece assim tão difícil:
http://www.cnn.com/2016/12/09/entertainment/mick-jagger-family-tree-trnd/?iid=ob_article_footer_expansion
Estou toda confusa...

13 de dezembro de 2016

Cuidados Paliativos



Desde há uns anos a esta parte que faço voluntariado na secção de cuidados paliativos num Hospital. Esta tem sido uma experiência deveras enriquecedora. Não só por me ter tirado o medo da morte como, também, por me ter ensinado muitas lições valiosas, entre as quais:

1-) Muitas destas pessoas são carentes do toque humano. Tive uma senhora que, comovida, se queixou que são poucos aqueles que ainda lhe dão um beijo, ou um abraço; “nunca mais tive quem me fizesse uma festinha ou me desse a mão” disse-me, lutando contra as lágrimas e de lábio a tremelicar.

Frequentemente, o que acontece, é que familiares e amigos de muitos doentes que se encontram à beira da morte afastam-se (sobretudo) por medo. Medo de não saberem lidar com a situação e de dizerem a coisa errada; medo de se aproximarem; medo da própria morte. Isto é um erro. A morte, por si só, não é contagiosa e esta não é a altura de pensarmos em nós; temos de deixar de ser egoistas e fazer tudo (mas mesmo tudo) ao nosso alcance para fazer o que resta dos dias destes pacientes o mais agradável possível. 

2-) As pessoas que estão a morrer muitas vezes sentem que já perderam tanto controle sobre as suas vidas que, quando bem-intencionados lhes aparecem lá em casa de surpresa para fazer limpezas, lavar a roupa, dizer-lhes o que devem (ou não) vestir, comer, etc, etc. etc., o efeito é o oposto do desejado. Nenhum adulto gosta de voltar a ser tratado como uma criancinha.

3-) As pessoas que estão à beira da morte ainda estão vivas. Necessitam de convívio, de rir, de recordar. Querem aproveitar ao máximo o pouco tempo que lhes resta. Querem estar com os seus entes-queridos enquanto podem. Alguém que está morrendo pode aparentar um ar diferente, pode falar de maneira diferente e, inclusivé, pode até ter um cheiro diferente. Muitos não conseguem fazer muitas das coisas que antes faziam.

Muitas vezes, todas estas mudanças (aliadas ao medo da própria morte que muitos sentem, ou por receio de dizer ou fazer asneira) faz com que os amigos e familiares se afastem e que mandem recados a dizer que estão a pensar no doente e a rezar por eles.

Isto é um erro. Isto só serve para que o doente terminal sofra ainda mais. Desnecessariamente.

4-) Muitos destes doentes rezam para que a morte os leve depressa. Reconhecem que são hoje uma sombra do que outrora eram e estão fartos de sofrer ou de se sentirem um fardo para os outros. Porém, quando desabafam com amigos e familiares, estes recusam falar no assunto – o que faz o doente sentir que não pode ser completamente honesto, ou que os seus desejos não são respeitados.

Mas também existem muitos pacientes cujas famílias estão convencidas que os seus entes queridos não estão com medo devido às suas crenças religiosas; depois, assim que a família sai do quarto, desatam num pranto de lágrimas, apavorados com o que lhes está a acontecer e gratos pela oportunidade de, finalmente, terem alguém com quem desabafar e falar deste medo que lhes atormenta a alma.

                                                                CONCLUINDO
A morte não é uma coisa com que a maioria de nós lide diariamente, portanto é perfeitamente natural que a doença terminal de um ente-querido nos assuste e que este medo nos leve a dizer (e/ou a fazer) a coisa errada. Mas, os doentes terminais nos cuidados paliativos estão normalmente rodeados de enfermeiros, auxiliares de enfermagem, assistentes sociais, etc., que geralmente sabem o que estão a fazer. Peçam-lhes informações e conselhos. Não há que ter vergonha. A única pergunta estúpida é a que ficou por fazer.  A ignorância e o medo não são razões para se afastarem. Respeitem o doente e perguntem em que podem ajudar e ajudem, mas não façam nada sem primeiro terem a certeza de que é essa a vontade explícita do doente. De boas intenções está o inferno cheio.

10 de dezembro de 2016

Uma benção

De acordo com Deepak Chopra, quem doa de bom agrado e não por obrigação é que deve agradecer, pois recebe a duplicar.

O universo opera através de trocas dinâmicas, diz o doutor Chopra, porque nada é estático. Quem doar alimentos nunca passará fome; quem espalhar amor e alegria aos quarto ventos nunca estará triste; quem doar tempo nunca sentirá solidão e quem quer ser rico deve contribuir dinheiro para causas (fundações/organizações) nobres.

O doutor Chopra recomenda oferecer algo a todos com que nos cruzamos no dia-a-dia; não precisa de ser muito nem de custar um tostão: uma saudação serve (um olá, um bom dia, uma boa tarde, ou uma boa noite) um auxílio qualquer…um simples sorriso.

“Faça a energia que deseja atrair à sua vida circular, doando-a aos outros”, diz o Dr. Chopra.


Quem doa é que deve agradecer, pois teve para doar. 
E eu não poderia concordar mais.

Sorrir “à la” Mona Lisa

Para franzir a testa são precisos 43 músculos e para sorrir apenas 17; todavia, nos dias que correm a oferta de sorrisos é escassa. E mais: sorrir para um estranho na esperança de se receber um sorriso em troca resultará, muito provavelmente, ou numa carranca assustadora ou num sorriso amarelo acompanhado de um olhar confuso. Mas vale a pena tentar.

Um sorriso não precisa de tradução. Um sorriso genuíno transcende fronteiras e diferenças de religião ou política; um sorriso liberta endorfinas, aquelas substanciazinhas químicas e analgésicas libertadas pelos neurónios que convencem os nossos corpos e cérebros de que estamos bem e felizes, mesmo quando a realidade é outra.

Sorrir ajuda a encarar o dia com amabilidade e compreensão. Um meio-sorriso como o da Mona Lisa é o suficiente para relaxar todos os músculos do rosto, tornar-nos mais conscientes, apazigua-nos e devolve-nos a paz que julgávamos ter perdido.

Claro que há pessoas que parecem encontrar prazer na miséria e para as quais sorrir nem sempre dá resultado. Mas a maioria de nós, penso, não é assim. Todos temos maus dias e todos passamos por momentos difíceis com que, por vezes, não sabemos lidar e uma cura rapida é, frequentemente, um simples sorriso. Quem me ensinou isto foi uma senhora, com idade para ser minha mãe, que um dia viu-me à espera do trolley na Portagem de Coimbra provavelmente com uma cara de poucos amigos e que, começando com um simples sorriso e continuando com uma conversa de quem tinha genuinamente interesse e queria ajudar, virou-me completamente ao contrário. Já lá vão 44 anos e nunca mais vi a senhora, mas nunca mais me esqueci porque ainda hoje me lembro do bem que me fez.

É por isso que, hoje em dia, quando me deparo com algum resmungão a primeira coisa que faço é sorrir e falar-lhes como se fossem as pessoas mais simpáticas e afáveis deste mundo. Nem sempre dá resultado, mas quando dá sinto-me satisfeita. 

Experimentem. Independentemente do humor ou estado de alma em que se encontrarem, sorriam. Sorriam  novamente e verificarão que, como magia, sentirão os primeiros sinais de felicidade. É difícil lutar contra os efeitos de um simples sorriso, é mais difícil ainda franzir a testa quando nos sentimos bem.
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Seguindo em frente

Enquanto não curares as feridas do teu passado, continuarás a sangrar.
Podes aplicar o teu curativo preferido (comida, bebidas alcoólicas, drogas recreacionais, tabaco, jogatina, sexo... – ou qualquer outro penso adesivo –) que não resolves nada.

Eventualmente, o que poderá acontecer, é passares a ser ainda mais uma vitíma de um vício qualquer que só servirá para tornar a tua vida (e a dos teus entes queridos) ainda mais miserável.

Mas o que seguramente acontecerá é todo esse sangue transbordar e manchar a tua vida – e a dos outros.

Tens de encontrar a força necessária para abrir essas feridas, imersar as tuas mãos nas profundezas do teu âmago, retirar toda essa dor do passado e assinar um tratado de paz vitalício com essas tuas memórias tão dolorosas.

E depois?


Detesto

Exagerados que passam a maior parte do tempo a se queixarem das suas desgraças; a eles, digo:

(1) Nunca ninguém disse que a vida era fácil.
(2) A vida não tem, necessariamente, de ser perfeita.
(3) Sê grato pelo que tens e, mais importante, por quem tens.
(4) Para de reclamar sobre coisas que não podes controlar.
(5) Para de desejar que as coisas que não podes controlar sejam diferentes e, por último:

DESAPARECE DA MINHA VIDA! ... O pessimismo é contagiante, eu sou demasiado esponja, e eu estou mais que FARTA da tua nuvem negra pairando sobre mim.

Vai poluir a alma de outra pessoa. DEIXA-ME EM PAZ!

Polémicas e controvérsias

Evitariamos muita dor se respirássemos bem fundo e tentássemos perceber diferentes pontos de vista antes de nos investirmos como verdadeiros loucos em cima de perspectivas diferentes. Às vezes não há nem certo nem errado, muitas vezes estamos meramente perante um conjunto de diferente experiências pessoais e perspectivas. Frequentemente, a única coisa errada é a própria discussão.

Saudade


Este sentimento em que os portugueses parecem ser peritos, não é um sentimento só; a saudade é uma amálgama de sentimentos que engloba a perda, a falta, a distância e o amor. É a nostalgia que se sente quando o bem-amado se encontra longe (seja ele uma pessoa, localidade, ou bem material). A saudade também não é unicamente portuguesa; o termo até que pode ser exclusivo à nossa língua, mas o certo é que todo o ser humano, por muito que o negue, sente-o nem que seja uma vez na vida.

Não é bom viver no passado, mas um pouco de saudade nunca matou ninguém e serve para nos ajudar a valorizar o que é realmente importante para nós, por vezes até a nos conhecermos melhor. Por vezes precisamos de nos afastar para que consigamos ver a realidade tal como ela é; estar muito perto de uma situação pode-nos causar uma visão um tanto miópica: vemos as árvores mas nem sempre conseguimos ver a floresta.

Esta época do ano é tramada para nostalgias!

3 de dezembro de 2016

10 euros; 10 segundos



Tens 86.400 euros escondidos; vem um gatuno e rouba-te 10 porque não encontrou o resto. 

Ninguém no seu juizinho normal ficaria de tal maneira danado ao ponto de deixar que o velhaco do ladrão lhe dê cabo do resto do dia ou, pior ainda, que projecte a sua frustação em cima de outras pessoas que não tiveram culpas nenhumas no cartório. A grande maioria das vítimas, neste caso, dava graças aos anjinhos pelo larápio não ter descoberto o resto do dinheiro; aposto que, quando deparado com uma situação destas, o mais comum dos mortais teria um pensamento semelhante a este: “Graças a Deus que o sacana só me levou 10 e não encontrou os restantes 86.390!” Neste caso, o mais comum dos mortais, penso eu, não ficaria obcecado em exercer vingança pelos 10 perdidos.

Então porque carga de água é que, havendo 86.400 segundos em cada 24 horas, o mesmo mais comum dos mortais tem tendência a ficar cego de raiva quando um idiota qualquer lhe estraga 10 segundos desses mesmos 86.400?

Esta é a época em que muitos de nós respiramos bem fundo antes de avaliar o ano que está a terminar e em que decidimos mudar. Ao tentarmos mudar para versões melhores daquilo que somos, muitas vezes falhamos. A minha resolução de Ano Novo para o próximo ano é simples: no final de cada dia, pretendo anotar tudo o que de bom aconteceu nesse dia e, na véspera de Ano Novo de 2017, pretendo ler tudo o que escrevi nesse pequeno caderno e deliciar-me com o quão grata por esta vida que os meus pais me ofereceram e que eu desenhei (com a influência de todas as pessoas com quem me deparei ao longo dos tempos; com a ajuda da Providência e/ou de mero acaso; e com a maneira como tenho agido até aqui) devo estar

É este o plano. Será que se concretizará? O tempo o dirá.