Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

11 de abril de 2015

As redes sociais



http://www.cognitivebrands.com/CreativeIntelligence/wp-content/uploads/2014/08/SocialNetworksDepositphotos_13876565_xs-1.jpgAssusta-me a fraude generalizada e a falta de privacidade das redes sociais. Também não dou lá muito valor às relações superficiais, que é o que mais se vê neste tipo de meios de comunicação. Narcisistas a publicar “selfies” e afins repugnam-me. Não tenho interesse absolutamente nenhum em ter centenas de “amigos” que pouco ou nada me dizem. Os amigos que tenho são poucos, mas não os troco por nada deste mundo. Esses sim, dizem-me muito; os outros são meros “conhecidos.” São precisamente estas as razões porque acho que as redes sociais não são o modo mais indicado para colmatar a solidão.

Mas também lhes reconheço os benefícios. Sobretudo quando a vida se encarregou de dispersar famílias e amigos pelos quatro cantos do mundo. A Internet já me permitiu reestabelecer contacto com amigos de infância e juventude que julgava perdidos para sempre e por isso estou-lhe grata. Também sei de casos em que as redes sociais, com o seu vasto número de membros, têm ajudado uma enorme quantidade de pessoas e causas nobres. E isso, obviamente, é óptimo. Mas continuo com sérias reservas em estabelecer contas nas mais variadas redes sociais, precisamente pelas razões acima mencionadas. 

É um erro usar as redes sociais como uma espécie de escape ou boia-de-salvação num presente longe de ser o ideal. Sim, reestabelecer contacto com pessoas que em tempos idos foram muito importantes para nós é deveras agradável, mas, como uma vez me fez ver uma dessas pessoas, “Por este meio, é facil idealizar ou demonizar pessoas ou situações. Há um imenso ecrã entre as emoções, expectativas e a realidade, essa coisa tantas vezes inaceitável. Desde que se saiba gerir bem esse filtro, ‘gap’ ou fantasia tudo bem!Isto para evitar as desilusões, as eventuais quedas das nuvens que doem como o diabo – que é o que dá quando as expectativas são muitas, quando confundimos pensamentos positivos com fantasias... e depois acordamos.

Thanks my 1/M friend.

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