Assusta-me a fraude generalizada e a falta de privacidade
das redes sociais. Também não dou lá muito valor às relações superficiais, que
é o que mais se vê neste tipo de meios de comunicação. Narcisistas a publicar
“selfies” e afins repugnam-me. Não tenho interesse absolutamente nenhum em ter
centenas de “amigos” que pouco ou nada me dizem. Os amigos que tenho são
poucos, mas não os troco por nada deste mundo. Esses sim, dizem-me muito; os
outros são meros “conhecidos.” São precisamente estas as razões porque acho que
as redes sociais
não são o modo mais
indicado para colmatar a solidão.
Mas também lhes reconheço os benefícios. Sobretudo quando a
vida se encarregou de dispersar famílias e amigos pelos quatro cantos do mundo.
A Internet já me permitiu reestabelecer contacto com amigos de infância e
juventude que julgava perdidos para sempre e por isso estou-lhe grata. Também
sei de casos em que as redes sociais, com o seu vasto número de membros, têm
ajudado uma enorme quantidade de pessoas e causas nobres. E isso, obviamente, é
óptimo. Mas continuo com sérias reservas em estabelecer contas nas mais
variadas redes sociais, precisamente pelas razões acima mencionadas.
É um erro usar as redes sociais como uma espécie de escape
ou boia-de-salvação num presente longe de ser o ideal. Sim, reestabelecer
contacto com pessoas que em tempos idos foram muito importantes para nós é
deveras agradável, mas, como uma vez me fez ver uma dessas pessoas, “Por este meio, é facil idealizar ou
demonizar pessoas ou situações. Há um imenso ecrã entre as emoções,
expectativas e a realidade, essa coisa tantas vezes inaceitável. Desde que se
saiba gerir bem esse filtro, ‘gap’ ou fantasia tudo bem!” Isto
para evitar as desilusões, as eventuais quedas das nuvens que doem como o diabo
– que é o que dá quando as expectativas são muitas, quando confundimos
pensamentos positivos com fantasias... e depois acordamos.
Thanks my 1/M friend.
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