Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

14 de março de 2015

Fitting in vs Belonging


[ porque mais vale tarde do que nunca ]

Brene Brown diz bem: "Fitting in is the greatest barrier to belonging. Fitting in is assessing situations and groups of people, then twisting yourself into a human pretzel in order to get them to let you hang out with them. Belonging is something else entirely—it's showing up and letting yourself be seen and known as you really are." 

Eu nunca me senti completamente "normal".  Nem hoje nem nunca e atribuo isto ao simples facto de ter andado sempre com a casa às costas, de escola em escola, de cidade para cidade…de continente para continente.  Aquele sentimento de “new kid on the block” continua bem vivo dentro de mim. Isso, por um lado, foi bom, porque me deu uma perspectiva do mundo bem diferente de alguém que conheço bem e que há 60 anos vive na mesma rua; por outro lado, sinto falta da estabilidade que uma pessoa que toda a vida viveu na mesma rua tem – essa pessoa tem raízes…eu, nem por isso.  A única diferença é que hoje em dia já não sinto necessidade de cair nas graças de meio mundo, de querer agradar a gregos e a troianos e já não receio aquele sentimento de “peixe fora de água” que parece ser parte integrante de mim; antes pelo contrário: sentir-me meia desconcertada numa situação social qualquer diz-me logo que aquelas pessoas são erradas para mim – e eu para elas. 
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[story of my life]


Por vezes a ingenuidade parva, a baixa auto-estima e a necessidade de adaptação leva-nos a vender a alma e a perdermos a essência daquilo que somos.  É importante mantermo-nos sempre fieis àquilo que somos, mudarmos se quisermos mas nunca para agradar ou conquistar ninguém. Mais cedo ou mais tarde a verdade vem sempre ao de cima seguindo-se, pouco depois, os ressentimentos. E de quem é a culpa? De quem não foi honesto consigo próprio ou decidiu ignorar certos sinais.

Com cada ruga e cabelo branco, a minha integridade e bem-estar tornam-se cada vez mais importantes:
 http://popeye.com/files/2014/05/i-yam-what-i-yam.png
[ E quem não gostar, paciência. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, basta sermos respeitadores e cordiais uns com os outros ]
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