Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

1 de fevereiro de 2015

80 milhões de pessoas poderão, brevemente, começar a saltar de alegria (61 milhões só nos Estados Unidos)



As estimativas apontam para que, nos Estados Unidos, mais de 60 milhões de pessoas sofram de falta de cabelo, mas as notícias mais recentes parecem ser bastante promissoras. Investigadores do Instituto de Pesquisa Médica Sanford-Burnham, em La Jolla, na Califórnia, publicaram um estudo onde demonstram que as células estaminais derivadas da pele humana podem fazer crescer cabelo - pelo menos em ratos:



Por outras palavras: ao contrário do convencional transplante de cabelo e outros tratamentos de restauração capilar agora em uso, esta técnica poderá – pelo menos em teoria – fazer crescer muito cabelo em muitas cabeças completamente carecas. 


Percebo que os carecas tenham frio no inverno e que sofram de queimaduras de sol, mas nunca percebi a obsessão que muitos têm com o cabelo. Sobretudo quando se trata de uma questão pura e simplesmente cosmética. Para mim, basta-me que esteja lavado e que não pareça um ninho de ratos. Porém, sei de homens que gastam pequenas fortunas para esconder a calvice e mulheres que ficam piores que feras se não estiverem satisfeitas com a visita ao cabeleireiro. Eu própria já paguei por cortes de cabelo e penteados que não me agradaram muito, mas todos tiveram remédio. Quando era nova detestava a cor (diferente) do meu cabelo e sentia-me envergonhada quando alguém me chamava “loirinha” ou “russa”, mas nunca sofri de ansiedade por causa do corte (ou cor) do meu cabelo. Também nunca sofri de falta de cabelo, por isso não posso criticar quem sofre por causa disso. Sei que não iria gostar se de repente começasse a perder cabelo, mas a falta de cabelo nos outros não me aquece nem arrefece; aliás, nos homens (para além de não gostar de bigodes) acho o cabelo branco sexy e prefiro os carecas (ou de cabelo bem aparadinho) aos “teddy-boys” de cabelos compridos, ao caricato chinó, ou ao ridículo "comb-over”. 



Há gostos para tudo, só não percebo a razão de tanto mal estar por causa de algo tão banal como o cabelo. A obsessão que muitos demonstram com as aparências é algo que me dá muita volta ao estômago…
 

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