Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

5 de novembro de 2014

Verdades verdadinhas



Pouca vergonha é quando os políticos afirmam estar preocupados com a nossa saúde, a nossa liberdade e a nossa segurança, ao mesmo tempo que as suas campanhas eleitorais são financiadas por aqueles que lucram com a nossa doença, a nossa vulnerabilidade e a nossa insegurança. Foi para o que me deu em dia de eleições.

As pessoas são inerentemente boas; mas o medo, a dor e a desconfiança podem fazer com que se comportem como verdadeiros monstros.


Todos os elogios são seguidos ou de más notícias ou de desculpas esfarrapadas…e eu já não acredito neles.

Nunca mais me vou deixar levar em cantigas.


Tudo é possível se acreditarmos que o merecemos.


Reforma interna deve anteceder as reformas sociais; que é como quem diz, ninguém tem o direito de querer mudar ninguém sem que primeiro mude as coisas que não gosta em si próprio. Cada um de nós deve começar por si próprio porque, na realidade, isso é tudo o que podemos controlar.

A vida não acontece a nós. Nós é que fazemos a vida acontecer. Nós criamos a nossa realidade a cada momento do dia; para mim, esta verdade é a liberdade suprema e a responsabilidade final é minha. ACABARAM-SE AS DESCULPAS! 


Tudo quanto fazemos ou dizemos diariamente tem consequências e onde nos encontramos hoje é o resultado directo do que fizemos ou dissemos ontem: “quem boa cama faz, nela se deita”; “quem brinca com o fogo queima-se.”


Na vida não há "acidentes" (ou a razão porque deixei de acreditar em coincidências): com boa memória e se estivermos bem atentos, descobrimos que nada acontece por acaso, que tudo tem razão de ser - infelizmente, isso só acontece (frequentemente) anos / décadas após o incidente que nos causou tanto sofrimento, angústia e lágrima derramada. Daí o seguinte provérbio: "o suicídio é uma solução permanente para um problema temporário." Com tempo, perseverança e paciência tudo se resolve e aprende-se muito; ou como a minha mãe gosta de me lembrar, “Todos os males têm remédio, há cura para tudo menos para a morte.” 


No passado, sempre que fui contra a minha intuição, meti-me em apuros e sofri desnecessariamente; hoje dou prioridade ao que me faz sentir bem (mesmo quando não sei porquê) e faço os possíveis por viver a minha vida da melhor maneira que sei. Desde que tenha a consciência tranquila e que não esteja a prejudicar ninguém, deixei de viver para agradar aos outros, ou para fazer o que os outros achem ser no meu melhor interesse. A intuição tem tudo a ver com "sentir", não com "pensar". As piores decisões que tomei na vida foram sempre aquelas em que pensei demais.


O medo é o resultado da ignorância e a raiz de muitos males. É o medo que nos aliena de nós próprios e dos outros. Livrando-nos do medo é possível eliminar muita estupidez, o ódio, a ganância e a guerra. Todos nós somos escravos do nosso próprio medo: o medo do fracasso, o medo da dor, da humilhação, da solidão, de não ser amado...o medo da morte e o medo do medo. A maioria destes receios são desnecessários; o medo é insidioso e contagiante: "Não há nada a temer senão o próprio medo", disse Franklin D. Roosevelt.


Às vezes é preciso uma boa borrasca para que duas pessoas se entendam. Por muito que custe, é o que se denomina de catarse, ou depois da tempestade vem a bonança. Mas para que isto aconteça são precisas mega-doses de amor, respeito e dor não resolvida. Tormentos com pessoas que não respeitamos ou que não são importantes para nós são uma perda de tempo e energia.


Escrever não é para todos, mas a mim faz-me bem; ajuda-me a varrer as teias de aranha cá do sótão e a arrumar as prateleiras.

 
 
 
 
 

 

 
 
 

 

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