Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

11 de setembro de 2016

As coisas mais belas, neuras e “pet peeves”

Tenho lido comentários e ouvido pessoas dizer que “amam” uma peça de vestuário, mobiliário ou jóia qualquer. E isto é uma das (infelizmente muitas) coisas com as quais implico. Ciente de que corro o risco de parecer presunçosa, moralista e intolerante (três das "qualidades" que mais abomino) não me parece que um sentimento tão belo e nobre como o amor deva ser para aqui chamado.

As coisas mais belas na vida não são coisas.
As coisas mais belas na vida são as pessoas, os animais, os mais variados locais e as fotografias.
As coisas mais belas na vida são os sentimentos, os momentos, os sorrisos e as gargalhadas.

As coisas mais belas da vida não são, seguramente, objectos inanimados. E estes, na minha opinião, não são dignos do amor de ninguém.

É como começar correspondência com um “Querido/a isto ou aquilo” or “Caro/a aquilo ou aqueloutro” sem se amar o destinatário da mensagem ou, ao menos, ter uma profunda ternura por essa pessoa. Não percebo.

Não me parece que “estima” e “amor” sejam termos intercambiáveis.

  

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