– I –
Segundo ele próprio admite, Ed Bray, 89 anos, não tem tido uma vida nada
fácil, mas a coisa mais difícil considera ser o seu analfabetismo. A se aproximar do fim, numa altura em que
podia estar a descansar, quando tantos idosos perdem o interesse por tantas
coisas...o senhor Bray, cansado de guardar segredos e de “fazer de conta”,
decidiu deitar mãos à obra e aprender a ler.
Diz hoje o senhor Bray: “get in there and learn, baby, NOW…because you ain’t
gonna learn in that pine box”
– II –
James Arrudra Henry aprendeu a ler aos
96 anos …e publica um livro autobiográfico dois anos mais tarde
transformando-se assim, num momento para outro, de alguém que não sabe assinar
o seu nome a alguém que assina autógrafos.
“Burro velho não aprende” é uma frase que me foi dita por uma idosa,
analfabeta, quando eu era criança e me ofereci para ensiná-la a ler. Lembro-me
de ter pena dela quando me disse que nunca tinha lido um livro na vida e de
ficar chocada, surpreendida e confusa com tal resposta. Livros eram, para mim, um refúgio e escape e
lembro-me de jurar a mim própria “quando eu for grande não vou ser assim.” Por isso não podia ficar indiferente a estas
duas histórias. Este tipo de relato mexe-me sempre com os cordelinhos do
coração e coloca-me sempre um sorriso nos lábios.
Gentlemen, you are both an inspiration!
[ Em 2003, um inquérito do US Department of Education revelou que mais de
10 por cento dos adultos nos Estados Unidos não sabe ler e as Nações Unidas
estimam que mais de 775 milhões de pessoas são analfabetas ] – Triste!
Quem
estiver interessado que leia mais aqui:
1 - Queria ler pelo menos um livro antes de morrer, nem que
fosse um livro sobre o rato Mickey:
Maldito analfabetismo!