Nota Breve

Podia ter chamado este blog "Reflexões de uma luso-americana"; escolhi "Mensagem numa garrafa" por desconhecer o destino das minhas palavras e o impacto que estas terão. Será escrito nas versões de português de Portugal (pelos menos da maneira que me recordo) e de inglês americano.

This blog could have been named "Musings of a Portuguese-American"; I chose "Message in a Bottle" as I will never know who my words will reach and the impact they'll have on all those strangers. It is being written in American English, as well as in Portuguese from Portugal.

9 de maio de 2015

To be or not to be (Empathetic) – that is the question



(Uma questão de diferenças de opinião e atitude):

You can’t save the world. If you want to save the world join the Peace Corps…” disse-me, de forma meia-exasperada com um tom de voz que dizia, também, “leave me alone…”; com um certo desdenho, mesmo.

Quem me dera poder fazer como tu e deitar a injustiça e outros problemas semelhantes para trás das costas. Quem me dera ter mais imaginação ou mais recursos para poder fazer o que, realmente, me daria gosto e valesse realmente a pena, algo que me fizesse sentir realizada e útil. Quem me dera conhecer alguém com mais meios do que eu que estivesse disposto a arregaçar as mangas para mudar o que está mal.  Quem me dera não sentir esta impotência associada a saber que tenho as mãos atadas e ver o tempo a passar sem que nada se resolva.  Reconhecer esta  impotência dá-me volta aos nervos.


Sei perfeitamente que os problemas que assolam este nosso Mundo são muito numerosos e de demasiada dimensão para serem resolvidos por uma só pessoa, mas será isso razão para não fazermos nada?  Outra frase que oiço com frequência é, “You can’t save them all so, for your own sanity, you might as well ignore them!” Really?... pergunto eu.  Então isso é razão para que se mantenha o actual “status quo” e se continue de papo para o ar, sentado na poltrona a vegetar e a ver televisão? Que raio de consciência é essa? Que raio de iniciativa é essa?  Como escreveu Bob Dylan, “How many times can a man turn his head pretending he just doesn't see? How many ears must one person have before he can hear people cry? How many deaths will it take till he knows that too many people have died?”   
This is what the Dalai Lama says on compassion: “Compassion, tolerance, forgiveness and self-discipline are qualities that help us lead our daily lives with a calm mind.” But of course, you think the Dalai Lama’s full of hot air, so I don’t expect you to get this simple truth. Continue being miserable; by yourself, because I've had enough.

Não sou muito apologista em passar cheques para certas instituições de caridade e solidariedade sem saber exactamente como cada dollar & cent é distribuido; grupos deste tipo há por aí muitos, mas não são para mim. Eu preciso de estar envolvida. Acredito no seguinte ditado: “Give a man a fish and you have fed him today. Teach a man to fish and you have fed him for a lifetime.” Assim sim. Nunca perdi completamente a ilusão de deixar este mundo melhor do que quando cá cheguei e com o fim a se aproximar a passos largos, maior parece ser a urgência. Ou talvez já vá sendo tempo de mudar de “tude.” É  o chamado “if you can’t beat them, join them”: rendição; bandeira branca; mãos ao ar; desistir – mas isso seria passar o resto da vida a “fazer de conta” e isso seria traição ao que sou, coisa que não recomendo a ninguém.

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